Se as religiões aumentam, também podem aumentar os seus méritos e patologias. No contexto das inquietações que a globalização suscita, não se pode evitar a pergunta: que podemos exigir às religiões para alimentar a esperança de que um outro mundo e uma outra relação com a natureza são possíveis e que podem começar já a ser ensaiados?A este propósito não posso deixar de mencionar a iniciativa da Paróquia de Paço d'Arcos, que na passada sexta-feira organizou um debate sob o tema “A Religião no século XXI: Motivo de Conflitos e Construtora de Paz”. Os intervenientes foram o Padre Peter Stilwell, o Pastor Dimas de Almeida, Esther Mucznick, Faranaz Keshavjee e José Manuel Fernandes, director do jornal Público. Foi, na minha opinião, uma das mais interessantes actividades inter-religiosas a que já tive oportunidade de assistir. Ao longo dos próximos dias publicarei aqui alguns apontamentos sobre as várias intervenções deste debate.
Antes de mais, precisam de se entender, de dialogar, não só umas com as outras mas também no interior de cada uma. A liberdade religiosa deve ser o espaço que todas oferecem , umas às outras, e o pluralismo religioso deve ser o modo de viver no interior de todas. Sem isso, as religiões, na invocação da verdadeira fé e das suas exigências, endurecem doutrinas, eternizam costumes e rituais, que nasceram num determinado contexto, e resvalam para sistemas de intolerância e exclusão.
domingo, 25 de março de 2007
Religiões em diálogo
Referindo-se ao artigo do Courrier Internacional sobre Religiões em Crescimento, Frei Bento Domingos escreve hoje no Público:
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