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Isto pode chocar muitas pessoas no Ocidente, mas é uma realidade bem conhecida dos estudiosos do assunto. Os asiáticos do Leste não acreditam que o mundo tenha um Criador que estabeleceu um conjunto de leis morais abstractas que têm de ser seguidas. Esta concepção semita de Deus partilhada pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo é estranha à civilização chinesa. Há pessoas que afirmam que a religião chinesa é o confucionismo. Contudo, Joseph Needham, um eminente especialista em confucionismo, fez notar, que se se pensa na religião «como a teologia de um criador-divindade transcendente», o confucionismo não é uma religião. Confúcio foi um professor, não foi um profeta nem um homem sagrado em nenhum sentido. Os seus escritos, ou os fragmentos deles que sobreviveram, são espantosamente a-religiosos. Previne repetidamente contra pensar sobre o divino e, em vez disso, estabelece regras para a aquisição de conhecimento, para ter comportamentos éticos, para manter a estabilidade social e uma civilização ordenada. O seu trabalho tem mais em comum com os escritos dos filósofos do iluminismo que com opúsculos religiosos. (p.108-109)
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