A terceira sessão do julgamento dos sete dirigentes Bahá'ís iranianos voltou a mostrar que este é um processo que nada tem de transparente. As autoridades iranianas pretendem que o processo decorra longe dos olhares do público (e dos media internacionais). Mas simultaneamente, aposta na mediatização do caso, provavelmente para mais uma campanha de propaganda contra os Bahá'ís do Irão.
Prova disso é o facto não ter sido permitida a presença de familiares dos detidos nesta terceira sessão do julgamento. No entanto, no interior do edifício, os sete dirigentes viram numerosos funcionários e agentes do Ministério da Segurança, e ainda uma equipa de filmagem com todo o seu equipamento de filmagem.
A presença de funcionários não judiciais numa audiência que supostamente era fechada levou os dirigentes Bahá'ís - de acordo com os seus advogados - a recusar participar no processo. Face a isso o juiz deu por encerrada a sessão e não adiantou nenhuma nova data para a continuação do julgamento.
A propósito desta 3ª sessão do julgamento, Diane Ala'i, a representante Bahá'í nas Nações Unidas, voltou a exigir a libertação imediata dos sete detidos, recordando que eles entraram no terceiro ano de detenção com base em acusações sem fundamento, e que o governo iraniano não tem qualquer prova contra eles.
"No mínimo, eles deviam ser liberados sob fiança e deviam ser tomadas medidas para garantir que seu julgamento fosse realizado de forma imparcial, em conformidade com as normas internacionais de jurisprudência. Se a sua detenção é para continuar, então as difíceis condições em que se encontram devem ser melhoradas", afirmou Ala’i.
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FONTE: Update on third trial session of Iranian Baha'i leaders (BWNS)
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