Khwezi Fudu, porta-voz dos Bahá’ís da África do Sul, disse: "A comunidade reflectiu sobre o trabalho dos primeiros Bahá’ís na promoção da unidade num país com um passado de segregação racial". E acrescentou: “Também comemoramos - com apresentações musicais, teatrais e audiovisuais - a contribuição que a comunidade Bahá'í tem dado ao país nas áreas de unidade racial, educação moral das crianças e dos jovens, igualdade de género e diálogo inter-religioso".
O ex-Presidente Sul-Africano, Thabo Mbeki, enviou uma mensagem em que afirmava: "Estamos... fortemente encorajados pelo facto de vocês terem respondido aos desafios do desenvolvimento humano, não só prestando serviços, mas também alimentando a capacidade de todos os seres humanos para o seu próprio desenvolvimento, incluindo a sua moralidade". "Sentimo-nos muito honrados e mais fortes por termos membros da Fé Bahá'í no nosso país e entre nós", acrescentou.
O coro Bahá'í "Diversity" actuando na celebração do Centenário da Fé Bahá'í na África do Sul |
UMA ELEIÇÃO MULTI-RACIAL
Aos dignitários e convidados presentes na comemoração, foi contado que, após a Fé Bahá'í ter chegado à África do Sul em 1912, as pessoas de todas as raças, foram-se juntando gradualmente à comunidade. Em 1956, quando a comunidade era já suficientemente grande, os Bahá’ís da África Austral, de várias origens raciais, reuniram-se numa pequena fazenda em Highveld e elegeram o primeiro Conselho regional.
Como precaução, Reginald Turvey - um pintor muito conhecido, que era Bahá’í - ficou a vigiar a estrada que ia para a fazenda. Se a polícia de segurança se aproximasse, ele daria um aviso e os eleitores, dispersar-se-iam. Os Bahá’ís africanos fingiriam estar a fazer limpezas e a cozinhar, enquanto os membros brancos da comunidade fingiriam estar a jogar às cartas.
Esta eleição histórica decorreu sem problemas - o seu resultado foi uma prova do princípio Bahá’í de unidade racial: dos nove membros eleitos, dois eram negros e um deles era um mestiço Sul-Africano, juntamente com um Swazi e um moçambicano, e quatro brancos.
CONVIDADOS PROEMINENTES
Na comemoração do centenário estiveram presentes: a senhora Zanele Mbeki, anterior primeira dama da África do Sul; a família real Sigcau, do povo AmaMpondo; Agostinho Zacarias, Coordenador Residente das Nações Unidas, e outras pessoas ilustres, incluindo funcionários do governo, membros do corpo diplomático, artistas, jornalistas e representantes de corporações, académicos, líderes religiosos e activistas sociais.
Também a Alta Comissária Australiana - Sua Excelência a Sra. Ann Harrap - fez uma palestra em que focou questões como a capacitação das mulheres e descreveu a ocasião como "interessante, inspiradora e educativa". "Fiquei impressionada pela forma como a comunidade Bahá'í se reuniu para apresentar o que eles têm contribuído para a sociedade Sul-Africana nos últimos 100 anos", acrescentou.
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FONTE: South African Baha'is reflect on 100 years of racial unity (BWNS)
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