Um Tribunal de Última Instância de Isfahan (Irão) confirmou os veredictos de penas de prisão para 10 mulheres Baha’is. A informação foi divulgada pela Organização Hengaw para os Direitos Humanos.
Oito mulheres — Negin Khademi, 34 anos; Shana Shoghi-Far, 27 anos; Yeganeh Agahi, 31 anos; Parastoo Hakim, 47 anos; Mojgan Shahrzayi, 32 anos; Yeganeh Rouhbakhsh, 19 anos; Arezoo Sobhaniyan, 48 anos; e Neda Badakhsh, de 60 anos — receberam penas de 10 anos de prisão e diversas multas.
Outras duas, Bahareh Lotfi, de 27 anos, e Neda Emadi, de 42 anos, receberam penas de cinco anos e diversas multas.
Todas as 10 mulheres enfrentam também proibições de viagem e restrições de utilização das redes sociais.
As mulheres foram acusadas de "propaganda contra a República Islâmica do Irão", "proselitismo desviante e actividades educativas contrárias ao Islão através da promoção e ensino das crenças Bahá'ís entre os muçulmanos" e "colaboração com grupos hostis contra o governo".
As mulheres foram detidas a 23 de outubro de 2023 e libertadas sob fiança após dois meses de detenção. Os veredictos foram emitidos à revelia e comunicados apenas verbalmente aos representantes legais, alegando a segurança e a natureza confidencial do caso.
De acordo com a Hengaw, as mulheres relataram ter sido torturadas durante interrogatórios pelo Departamento de Inteligência de Isfahan, incluindo ameaças de violação, agressão sexual e outros abusos. Também afirmaram que os interrogadores tentaram extrair confissões forçadas contra elas próprias, outros detidos e as suas famílias.
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FONTE: Iranian Court Upholds 90-Year Prison Sentences for 10 Baha'i Women (IranWire)
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