Na passada quarta-feira (22 de Maio), a Comissão da ONU sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais emitiu uma série de recomendações para o governo iraniano - recomendações que incluíam um apelo ao Irão para garantir que todos os cidadãos, independentemente das suas convicções religiosas, usufruam de todos os seus direitos, sem qualquer discriminação.
A Comissão referiu-se especificamente à Comunidade Bahá’í, expressando a sua preocupação pelo facto dos Bahá’ís iranianos enfrentarem "discriminação generalizada e enraizada, incluindo o bloqueio de acesso a empregos a Administração Pública, a instituições de ensino superior, bem como aos benefícios do sistema de pensões ". É recomendado ao Irão que "tome medidas para garantir que os membros da comunidade Bahá’í são protegidos contra a discriminação e exclusão em todos os aspectos."
Diane Alai, a representante da Comunidade Internacional Bahá'í nas Nações Unidas em Genebra, congratulou-se com as conclusões da Comissão, conhecidas como "observações finais". E afirmou: "O relatório da Comissão destaca a extensão da perseguição aos Bahá’ís no Irão, que inclui o emprego, a educação e as questões culturais".
A Sra. Alai salientou que os membros da Comissão questionaram as autoridades iranianas durante um longo dia de sessão no início do mês, perguntando, entre outras coisas, porque é que o governo sente que tem de reconhecer uma religião em particular, para poder conceder determinados direitos aos cidadãos, e porque é que a discriminação contra os Bahá’ís parece ser tão difundida.
"As pessoas possuem a sua própria liberdade de religião; isso não é um poder público dos Estados", disse Nicolaas Schrijver, um membro holandês da Comissão, durante a 1ª sessão de Maio, com as autoridades iranianas.
No relatório, a Comissão também recomendou que o Irão tome medidas para garantir "o livre acesso de estudantes Bahá’ís às universidades e instituições de formação profissional."
O relatório também foca uma vasta gama de outras violações dos direitos humanos no Irão, desde a discriminação contra mulheres e minorias étnicas na educação e emprego até à falta de protecção para os sindicatos independentes.
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FONTE: Iranian Baha'is face "widespread and entrenched" discrimination says UN Committee (BWNS)
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