Não são conhecidos muitos detalhes sobre as circunstâncias do nascimento do Báb. Sabemos que Ele nasceu no dia 20 de Outubro de 1819, em Shiraz. O Seu nome próprio era 'Alí-Muhammad; era filho de Muhammad-Ridá, um comerciante de Shiraz, e de Fátimih-Bagum. Tanto o pai como a mãe eram descendentes de Maomé. Quando o Báb era ainda criança o seu pai faleceu e Ele foi entregue aos cuidados de um tio materno, Hájí Mírzá Siyyid 'Alí; esse tio seria o único dos Seus familiares que aceitaria abertamente a Sua Causa durante a Sua vida.
Em contraste com a pouca informação relativamente ao Seu nascimento, existem muitas histórias relativas à Sua infância, onde se podem traçar vários paralelismos com episódios relatados pelos Evangelhos sobre a juventude de Jesus. Por exemplo, quando o Báb foi para a escola, o professor ficou maravilhado com a Sua sabedoria e inteligência, e enviou-O de volta para o tio, dizendo que nunca tinha ensinado um aluno tão dotado. O tio ordenou-Lhe que estivesse calado e ouvisse o professor com atenção, mas com o passar do tempo, o mestre-escola sentia-se mais aluno do que professor.
Outros relatos o carácter extraordinário do Báb e o muito tempo que passava em oração. É difícil duvidar que não fosse uma criança prodigiosa. Alguns dos que O conheceram naqueles primeiros anos tornaram-se Seus seguidores e pouco se surpreenderam com o desenrolar dos acontecimentos que O tiveram como protagonista.
As semelhanças entre o Báb e Jesus são frequentemente referidas com uma certa admiração. William Sears, um autor bahá'í, refere, por exemplo que ambos eram conhecidos pela sua generosidade. Ambos condenaram a corrupção das autoridades religiosas e certos hábitos sociais. Foram ambos perseguidos pelas autoridades religiosas, sendo ambos interrogados e espancados. Ambos começaram por entrar em triunfo na cidade onde seriam mortos. Ambos proferiram palavras de confortos para os que iam morrer com eles.
Resta ainda dizer que as comunidades bahá'ís, um pouco por todo o mundo, celebram este dia de diversas maneiras. A maioria destas celebrações iniciam-se com leituras de orações e leituras das escrituras, seguindo-se um momento de confraternização. São celebrações abertas a qualquer pessoa.
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