A Amnistia Internacional transmitiu ao Ayatollah Mahmoud Hashemi Shahroudi (o chefe do sistema judicial iraniano) a sua preocupação pelos contínuos abusos contra a comunidade bahá'í iraniana e instou-o a garantir que ninguém está detido devido às suas convicções religiosas, identidade cultural ou actividades pacíficas em prol da comunidade. A organização apelou ainda a uma investigação completa e imparcial sobre os motivos e circunstâncias da morte de Dhabihullah Mahrami, um prisioneiro de consciência que esteve detido durante 10 anos apenas devido à sua religião.
Dhabihullah Mahrami foi preso em 1995 e condenado à morte, por crime de apostasia, em 1996. A pena seria comutada para prisão perpétua em 1999. A Amnistia internacional adoptou-o como prisioneiro de consciência em 1996 e fez uma campanha pedindo a sua libertação imediata, elaborando um relatório com o título: Irão - Dhabihullah Mahrami: Prisioneiro de Consciência (AI Index: MDE 13/34/96).
Dhabihullah Mahrami foi encontrado morto na sua cela numa prisão de Yazd no dia 15 de Dezembro de 2005. O corpo foi entregue à sua família, tendo sido dado a informação que ele morrera devido a um ataque de coração. No entanto, sabe-se que ele nunca teve problemas cardíacos; poucos dias antes de morrer mostrava-se muito cansado devido aos trabalhos forçados a que era sujeito. Também se sabe que recebeu várias ameaças de morte.
A carta da Amnistia Internacional refere ainda um aparente recrudescimento nas perseguições aos bahá’ís do Irão. Só no ano de 2005 foram presos 66 membros desta comunidade; a maior parte foram libertados, mas pelo menos nove continuam detidos. Dois desses detidos - Mehran Kawsari e Bahram Mashhadi – foram condenados por terem dirigido uma carta ao antigo Presidente Khatami exigindo o fim das violações do direitos humanos contra os bahá'ís. Os outros - Afshin Akram, Shahram Boloori, Vaheed Zamani, Mehraban Farman-Bordari, Sohrab Hamid, Hooshang Mohammad-Abadi e Behrooz Tavakkoli - continuam detidos sem que tenha sido formulada qualquer acusação. A Amnistia Internacional acredita que são prisioneiros de consciência e que devem ser libertados imediata e incondicionalmente.
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Notícia completa (em inglês) no site da Amnistia Internacional: Iran: Inquiry needed in the death of Bahai prisoner of conscience.
ACTUALIZAÇÃO:
US Condemns Persecution of Iranian Religious Captive Who Died in Prison (Voice of America)
US slams Iran over religious freedom (HindustanTimes.com)
1 comentário:
" The Government generally allows recognized religious minorities to conduct religious education for their adherents. This includes separate and privately funded Zoroastrian, Jewish, and Christian schools; however, official Baha'i schools are not allowed. "
espero que a situação mude em breve. é preciso continuar a denunciar e a pressionar o irão.
abraço, votos de boas festas. :)
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