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Se eu fosse Bahá'í: chamaria a atenção de todas as grandes personalidades e intelectuais do mundo para o respeito e consideração com que os seus pares no Egipto receberam 'Abdu'l-Bahá (filho de Bahá'u'lláh) durante a sua visita a este país no início do século XX, e para as obscenidades e desconsiderações com que as pretensiosas personalidades e falsos intelectuais do Egipto de hoje mancham o bom nome da Fé Bahá’í e dos Bahá’ís.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Justiça no mundo sobre o tema da Instituição Al Azhar e diria ao honorável Ulamá: como pode decidir hoje que os Bahá’ís não são uma religião quando o Tribunal Superior da Sharia de Beba/Souhag decretou em 1925 que a Fé “Bahá’í é uma religião independente”?
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Justiça no mundo sobre o tema da Instituição Al Azhar, que, com todas as mesquitas, mesdjids e escolas kettab à sua disposição no Egipto, descobriu que é necessário privar a Comunidade Bahá'í do seu principal edifício sede e usá-lo como escola corânica.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Justiça no mundo sobre o tema da prisão de 92 Bahá'ís - homens e mulheres - com idades entre os 2 e 80 anos. Foram presos entre a meia-noite e madrugada em todo o Egipto e transferidos para a cadeia de Tanta, e seguidamente, falsamente acusados de traição, conduta imprópria e espionagem, com grande exposição na comunicação social, sem nenhum outro motivo a não ser por serem Bahá'ís.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Justiça no mundo sobre o tema da detenção frequente de Bahá’ís, homens e mulheres, durante dias, semanas ou meses para interrogatório. Os tribunais nunca os consideram culpados de qualquer crime ou falta, mas eles eram Bahá'ís.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Arte no Ocidente e no Oriente, para o caso de um dos maiores e mais admirados artistas do Egipto, Hussein Bikar, que foi detido em sua casa e levado para a cadeia com outros Bahá'ís conhecidos para dias de interrogatórios a respeito da sua Fé Bahá'í.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha a assembleia da Arte no Ocidente e no Oriente, e dizia-lhes: Hussein Bikar, um dos maiores e mais admirados artistas no Egipto não tinha qualquer bilhete de identidade quando morreu com quase 90 anos de idade. As autoridades egípcias recusaram-se a emitir um documento de identidade com a palavra "Bahá'í" no espaço para a religião.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha as Organizações Mundiais de Direito, Justiça e Direitos Humanos, governamentais e não-governamentais, e dizia-lhes: imaginem que no Egipto do século XX, os documentos de identidade individual devem incluir a indicação de filiação religiosa do indivíduo…
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha as Organizações Mundiais de Direito, Justiça e Direitos Humanos, governamentais e não-governamentais, e dizia-lhes: imaginem que no Egipto do século XX, os documentos de identidade individual devem incluir a indicação de filiação numa de apenas três religiões, não obstante o desejo ou a fé do indivíduo?
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha as Organizações Mundiais de Direito, Justiça e Direitos Humanos, governamentais e não-governamentais, e dizia-lhes: no Egipto do século XX, os filhos e filhas dos Bahá'ís recebem documentos de identidade individuais com um traço (-) na religião, enquanto aos seus pais são recusados os mesmos documentos de identidade: PORQUÊ? Porque o Estado Egípcio não reconhece o casamento Bahá'í!
Ó povoS do mundo: venham e façam um balanço desta excelência administrativa!
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha todos os Ministros da Educação do Mundo e informá-los-ia que: o Ministro da Educação do Egipto declarou que vai recusar a admissão de crianças (sim, crianças!) dos Bahá’ís nas escolas públicas, porque as crianças são Bahá'ís!
Se eu fosse Bahá'í: informaria o mundo que a nova Constituição Egípcia contém os elementos necessários para a eliminação da minoria Bahá’í no Egipto.
Se eu fosse Bahá'í: informaria o mundo que incendiar as casas dos Bahá’ís ocorre com a impunidade no Egipto.
Se eu fosse Bahá'í: chamaria para testemunha todas Organizações Mundiais de Comunicação Social, da Lei e da Justiça e dos Direitos Humanos, governamentais e não-governamentais, e informá-los-ia que no Egipto, incitar à morte dos Bahá'ís, em discursos e na TV é normal e é feito com a impunidade!
E apesar de tudo isso:
Se eu fosse Bahá'í: diria para aqueles detêm a autoridade no Egipto: eu sou leal ao meu país, eu amo o meu país, eu esforço-me pelo sucesso e progresso do meu país e eu considero os filhos dos meus vizinhos como meus filhos, sem considerar a religião ou o credo. Que maravilhoso seria o Egipto se vocês, que estão no poder, seguissem este mesmo caminho.
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FONTE: If I were Bahá’í
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