Um tribunal revolucionário na província de Golestan no Irão condenou 24 membros da Comunidade Bahá'í a penas de prisão que variam entre 6 e 11 anos. Os condenados tinham sido detidos em 2012 numa rusga contra os Bahá’ís da província.
Em Genebra, uma porta-voz a Comunidade Internacional Bahá'í, Simin Fahandej, afirmou que estas 24 pessoas estão presas apenas devido à sua fé religiosa, que não é reconhecida oficialmente pelo Irão.
Apesar de esta sentença ser passível de recurso, Fahandezh foi peremptória: "Estão inocentes! Não cometeram qualquer crime pois a única acusação contra eles é serem membros da comunidade Bahá'í." E acrescentou que as penas de prisão demonstram que "os direitos humanos não têm qualquer valor para as autoridades iranianas".
Fahandezh lembrou que os Bahá’ís iranianos enfrentam rotineiramente perseguições e que há actualmente mais de 80 Bahá'ís presos naquele país. Saliente-se ainda o facto da situação desta minoria religiosa não ter mudado desde que Hassan Rohani assumiu a presidência, apesar dele ter prometido melhorar a situação dos direitos humanos no Irão.
"Os Bahá'ís continuam detidos. Presos. Os jovens Bahá'ís ainda estão privados do seu direito de estudar, e aumentou o número de cemitérios Bahá'ís profanados", disse Fahandezh.
No ano passado, o relator especial das Nações Unidas sobre questões das minorias, Rita Izsak, pediu ao Irão que tomasse medidas concretas para proteger os Bahá'ís e outras minorias religiosas no Irão.
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FONTE: Iran Sentences 24 Baha’is To As Many As 11 Years in Jail (RFE)
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