Entre o martírio de Jesus Cristo e o momento em que foram escritos os Evangelhos decorreram 40 a 65 anos. Durante esse tempo as narrativas sobre a vida e ensinamentos de Cristo baseavam-se em narrativas orais. E as narrativas orais dependem da memória de cada pessoa. E por vezes a memória pode ser frágil, pode ter falhas, ou até pode ser enganadora. Nesta transmissão oral houve muitas pessoas envolvidas. E aqui surgem muitas questões: • Quem eram as pessoas que contavam as histórias? • Eram apenas os doze apóstolos e outras testemunhas oculares dos eventos? • Havia outras pessoas que também contavam histórias? • E as pessoas que ouviam essas histórias, também as contavam para outras pessoas? • É possível que houvesse pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de pessoas que tinham testemunhado os acontecimentos? • O que acontece às histórias que circulam oralmente dia após dia, ano após ano, década após década antes de serem escritas? Todos sabemos por experiência própria o quanto as histórias mudam quando são contadas a outras pessoas após algumas horas, após alguns dias, após algumas semanas, após alguns meses, após alguns anos, após algumas décadas. Estariam as histórias sobre Jesus isentas desse processo de alteração e invenção que todos nós experienciamos a todo o momento?
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Entre o martírio de Jesus Cristo e o momento em que foram escritos os Evangelhos decorreram 40 a 65 anos.
Durante esse tempo as narrativas sobre a vida e ensinamentos de Cristo baseavam-se em narrativas orais. E as narrativas orais dependem da memória de cada pessoa. E por vezes a memória pode ser frágil, pode ter falhas, ou até pode ser enganadora.
Nesta transmissão oral houve muitas pessoas envolvidas. E aqui surgem muitas questões:
• Quem eram as pessoas que contavam as histórias?
• Eram apenas os doze apóstolos e outras testemunhas oculares dos eventos?
• Havia outras pessoas que também contavam histórias?
• E as pessoas que ouviam essas histórias, também as contavam para outras pessoas?
• É possível que houvesse pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de outras pessoas que contavam histórias que tinham escutado de pessoas que tinham testemunhado os acontecimentos?
• O que acontece às histórias que circulam oralmente dia após dia, ano após ano, década após década antes de serem escritas?
Todos sabemos por experiência própria o quanto as histórias mudam quando são contadas a outras pessoas após algumas horas, após alguns dias, após algumas semanas, após alguns meses, após alguns anos, após algumas décadas.
Estariam as histórias sobre Jesus isentas desse processo de alteração e invenção que todos nós experienciamos a todo o momento?
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