quarta-feira, 7 de março de 2007

A Religião na China


No passado domingo o New York Times tinha um artigo curioso sobre o ressurgimento da religião na China. Segundo uma sondagem feita por um Universidade Chinesa, 31 por cento dos chineses consideravam-se religiosos, o triplo daquilo que é geralmente referido nas estimativas. O mesmo artigo afirmava que o Governo Chinês está a estudar a melhor forma de lidar com a situação; algumas religiões conseguem obter um reconhecimento oficial, outras são ignoradas desde que não adquiram muita visibilidade e outras ainda são reprimidas.

Uma declaração oficial recente do Governo Chinês parece ser uma reacção a esta sondagem. Além de se notar a existência da “Comissão para a Religião e para a Paz”, sobressaem as declarações de um alto responsável que afirma que a religião tem um papel a desempenhar na promoção da harmonia social. Poderemos, naturalmente, questionar a sinceridade e os verdadeiros propósitos destas declarações e iniciativas; mas não deixa de ser interessante ver como o Governo Chinês reconhece várias gerações de doutrinação marxista não conseguiram eliminar o impulso religioso de uma significativa parcela da população chinesa.

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A ler:
Religious Surge in Once-Atheist China Surprises Leaders (NYT)
Religion has a role to play: Jia (ChinaDaily.com)

1 comentário:

Anónimo disse...

Na verdade, isto é muito curioso. Vamos ver como é que os comunistas chineses reagem ao fenómeno religioso. Irão tentar controlá-lo ou limitar-se-ão a acompanhá-lo?