Vai ser difícil para o presidente eleito instituir uma verdadeira mudança sob o olhar do Líder Supremo Ali Khamenei, que comanda a sua própria unidade da Guarda Revolucionária e tem poder para anular os decretos presidenciais. Os problemas que perpetuam a discriminação e perseguição contra as minorias étnicas e religiosas no Irão estão enraizados e será difícil para Rouhani ultrapassá-los, especialmente porque os conservadores e a linha-dura controlam todos os sectores religiosos, parlamentares e governamentais. Rouhani vai ter muita dificuldade para impor a sua agenda "moderada".
Recordemos que foi sob a liderança de Ahmadinejed que o Irão testemunhou um aumento da repressão contra grupos minoritários e ataques contra activistas, jornalistas e académicos, em particular os Bahá’ís. Os próximos anos de Rouhani serão interessantes, mesmo que sejam ineficazes, e vale a pena estudar a sua postura para com as minorias étnicas e religiosas. O problema, porém, é que Rouhani não disse muito sobre o tema, com excepção do seguinte:
"Eu não estabeleço diferenças entre os artigos 3,15, 19 e 22 da Constituição Iraniana. A nação iraniana é um povo e quem estabelece diferenças entre curdos, turcos, baluchis, turcomanos, árabes e persas não é um iraniano "É uma observação vaga, uma tímida afirmação diplomática. É provável que os Bahá'ís do Irão - ou qualquer das minorias iranianas - não vejam qualquer acção forte de Rouhani em sua defesa; mas talvez possam ver uma redução da perseguição contra as suas comunidades. O Irão pode ter eleições, mas isso não significa que seja democrático - o teste decisivo para a democracia é a igualdade de direitos de todos os cidadãos, incluindo as minorias.
---------------------------------
FONTE: What Does Hassan Rouhani, Iran’s New Reformist Leader, Mean For Baha’is in Iran? (MNBR)
Sem comentários:
Enviar um comentário