«Jesus dá um passo espantoso face à história das religiões ao afirmar: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai, mas sim em espírito e em verdade» (Jo. 4, 22-24). O que João põe na boca de Jesus é que, doravante, nenhuma religião perante Deus é superior a qualquer outra; que não é essencial ser-se samaritano ou judeu (hoje, poder-se-ia acrescentar, cristão, hindu, budista ou muçulmano), visto que, para além da diversidade de culturas religiosas, o que conta é a verdade da relação íntima com Deus. Jesus dinamita o exclusivismo religioso e destrói o discurso legitimador de qualquer tradição religiosa: a sua pretensão a ser um centro, uma via obrigatória para a salvação. Ele entende ajudar o homem a superar a religião exterior, necessariamente plural e concorrencial, para o introduzir na espiritualidade interior, radicalmente singular e universal.»
Frederic Lenoir, Cristo Filósofo, p. 231
Este excerto também é interpretado com a universalidade da mensagem cristã.
Porque serão tão poucas as igrejas cristãs que seguem o sentido do texto apontado por Frederic Lenoir?
2 comentários:
Porque é a deturpação absoluta da mensagem de Cristo. Jesus não está a dizer que todas as religiões são iguais. Logo no capítulo anterior está bem explícito - João3: 16 a 18.Quem não O aceitar como Filho (unigénito) de Deus está condenado.
Deturpação? Cristo afirma-Se superior aos outros Profetas? Ou serão as interpretações que alguns crentes fazem das Suas palavras que levam a essa conclusão? Ele algum vez excluiu pessoas de outras religiões? Ou foram alguns dos Seus fanáticos seguidores que perseguiram e mataram pessoas de outras religiões?
Veja-se que benefícios trouxe ao mundo qualquer grupo religioso que tenha declarado possuir o exclusivo da verdade. Hostilidade e confronto entre povos e nações são a única coisa que conseguiram.
O problema dos exclusivistas é que se lembram apenas do Mensageiro e esquecem a mensagem.
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