quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amin Maalouf e Um mundo sem Regras (1)

Uma Civilização Global

No livro Um Mundo sem Regras, Amin Maalouf escreve:
Penso que estas civilizações [Ocidente e Mundo Muçulmano] atingiram os seus limites; que só trazem ao mundo as suas crispações destruidoras; que estão moralmente em falência, como o estão, aliás, todas as civilizações particulares que ainda dividem a humanidade; e que chegou o momento de as transcender. Ou nós conseguimos construir neste século uma civilização comum com a qual cada um possa identificar-se, unificada pelos mesmos valores universais, guiada por uma fé poderosa da aventura humana e enriquecida com todas as nossas diversidades culturais, ou perecemos juntos numa barbárie comum. (p.31)
COMENTÁRIO:

Dificilmente um Bahá'í deixaria de identificar estas com princípios e ensinamentos da sua religião, nomeadamente a necessidade de reconhecimento da unidade da humanidade e a importância da preservação da diversidade humana. A própria ideia de fim de vida das civilizações particulares e necessidade de criação de uma civilização global (que também existe nos ensinamentos Bahá'ís) pode ser visto como fim e início de etapas distintas da nossa evolução colectiva.

No entanto, há uma ligeira diferença entre o pensamento de Amin Maalouf e os ensinamentos Bahá’ís: para o autor libanês, o surgimento da civilização global é uma opção que se coloca à humanidade, que se for rejeitada provocará o caos; para os Bahá’ís a civilização global é uma inevitabilidade, por muito sombrio que pareça o futuro imediato da humanidade.

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