sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"Estou na lista de pessoas que deviam desaparecer"

O site elcorreo.com (Bilbao, Espanha) publica na sua edição online uma entrevista com Bahiyyih Nakhjavani (escritora e professora de literatura), a propósito do seu livro “A mulher que lia demasiado”. A entrevista centra-se na vida da poetisa Tahirih, a primeira mulher iraniana que rejeitou o uso do véu e foi presa por ensinar outras mulheres a ler e por defender a dignidade das mulheres. As últimas questões abordam outro tema.

P: O Irão vai viver a sua própria "revolução egípcia”?
R: Tudo que estamos a fazer essa pergunta.
P: E então?
R: O fundamentalismo não pode ser combatido com outra atitude igualmente fundamentalista. Devemos olhar para nós próprios e evitar atitudes extremistas. Entre o Irão e o Egipto existem grandes diferenças.
P: Quais são elas?
R: O governo egípcio era secular, não religioso. E não podemos esquecer a força tremenda da Guarda Revolucionária (corpo de elite das forças de segurança iranianas). Recebem dinheiro do governo e, portanto, sua lealdade será absoluta. Apesar disso já se escutam vozes de protesto.
P: Você algum dia regressará ao Irão?
R: Eu gostaria, mas, infelizmente, o meu nome e o meu apelido estão no topo de uma lista de pessoas que deveriam desaparecer. Eu estou lá. Seria muito perigoso voltar, por enquanto. Eu tenho medo de dizer coisas que possam ser usadas para prejudicar ainda mais os Bahá’ís inocentes presos no Irão.

Ler entrevista completa aqui. (em espanhol)

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