sábado, 23 de março de 2024

As 9 questões a que a ciência não consegue responder

Por David Langness.


No site BahaiTeachings.org já publicámos vários artigos dedicados ao princípio básico da Fé Bahá’í sobre a harmonia entre ciência e religião. Mas será que a ciência tem todas as respostas? Nem por isso.

Todo cientista responsável admite pronta e humildemente que a própria ciência não tem respostas para muitas das nossas questões mais importantes. Mas estes tempos altamente científicos, porém, levam-nos a pensar o contrário – que a ciência pode – ou um dia poderá – dar todas as respostas às grandes questões da vida.

É verdade que a ciência e a tecnologia parecem resolver muitos dos nossos problemas, ou pelo menos oferecem potenciais soluções futuras. Talvez por isso algumas pessoas transformaram a ciência na sua quase-religião, vendo-a como um sistema de crenças mais amplo, em vez de uma metodologia destinada a encontrar formas de compreender o mundo natural. Mas a ciência cria um sistema de crenças fraco, porque o cepticismo impulsiona a ciência. A ciência pede-nos que se evite qualquer juízo final ou crença forte, porque as suas conclusões estão sempre sujeitas a revisão por novas descobertas.

Assim, ao pensar nas grandes questões que a ciência não consegue responder, compilei uma lista extraída não só da minha própria curiosidade e investigação, mas também dos escritos de vários cientistas, filósofos e pensadores proeminentes. Nesta série de artigos, vamos explorar estas questões e ver se conseguimos encontrar respostas nos ensinamentos Bahá'ís que, até agora, têm escapado à ciência.

Desde o início, percebi que estas questões se enquadram em duas categorias distintas: as questões que a ciência não consegue responder, e aquelas que a ciência simplesmente ainda não respondeu. A ciência é uma ferramenta poderosa e, desde 1833 - quando a palavra “cientista” foi usada pela primeira vez - muitas pessoas duvidaram da sua capacidade de descobrir os segredos e verdades mais profundas do universo material. A maioria dessas pessoas estava errada.

No passado, a ciência aceitou de forma geral a teoria da eugenia – a ideia agora completamente desacreditada de “racismo científico”, uma teoria segundo a qual a humanidade consiste em raças superiores ou inferiores, fisicamente distintas. Esta teoria tornou-se popular não apenas entre os cientistas, mas também entre os líderes governamentais e filósofos, e levou à chamada “solução final” do nazismo e a outras atrocidades genocidas. Os campos da genética evolutiva humana e da antropologia contemporânea não só provaram que a eugenia é completamente falsa, como também forneceram um enorme conjunto de provas científicas da unidade genética de todos os grupos raciais.

Na astronomia, é claro que passámos da crença de que a Terra era o centro do universo conhecido para o modelo heliocêntrico, e depois para a crescente percepção de que o nosso pequeno planeta azul não tem absolutamente nenhum direito de singularidade ou unicidade. Num outro caso conhecido, Albert Einstein, que originalmente acreditava num universo estático e escreveu artigos científicos tentando provar a sua afirmação, teve de ser convencido de que o universo se encontra em expansão pelo cientista Edwin Hubble. Einstein descreveu a sua conclusão inicial como “o maior erro” de toda a sua carreira científica.

Apesar do seu historial de conclusões incorretas, a ciência domina o pensamento moderno – e assim deve ser. Construímos uma civilização e um corpo de conhecimentos sem precedentes, e devemos muito disso aos avanços que se tornaram possíveis com a ciência. Na verdade, o princípio Bahá’í de concordância entre ciência e religião privilegia a ciência em detrimento da fé cega, do dogma e da tradição religiosa. As Escrituras Bahá’ís dizem: “Não há contradição entre a verdadeira religião e a ciência. Quando uma religião se opõe à ciência, torna-se mera superstição: o que é contrário ao conhecimento é a ignorância. Como pode um homem acreditar ser um facto aquilo que a ciência provou ser impossível? Se ele acredita apesar da sua razão, é mais uma superstição ignorante do que fé. Os verdadeiros princípios de todas as religiões estão em conformidade com os ensinamentos da ciência.”

As Escrituras Bahá'ís também dizem que “… a religião e a ciência estão em completa concordância. Toda religião que não está de acordo com a ciência estabelecida é superstição. A religião deve ser racional. Se não se enquadra na razão, então é superstição e não tem fundamento.

Na internet podemos encontrar literalmente centenas de listas de perguntas a que a ciência ainda não respondeu – o que é energia escura, porque é que os gatos ronronam, como é que a gravidade funciona, porque é que as bicicletas permanecem em pé, quanto tempo vive um protão, etc. Revi estas questões, e tentei separar estas questões ainda sem resposta sobre a nossa existência física de outras questões ainda maiores – aquelas que a ciência provavelmente nunca conseguirá responder, porque a natureza da própria questão ultrapassa os limites da investigação científica. A minha lista, então, tenta separar o puramente físico daquilo que é metafísico ou espiritual, e foca-se nas grandes questões:

1. Porque estou aqui?
2. Eu tenho alma?
3. Qual é o meu propósito?
4. O universo teve um início?
5. O universo tem limites?
6. Porque é que as coisas existem?
7. Existe Deus?
8. A humanidade precisa de religião?
9. Como devo viver?

Portanto, vamos analisar estas questões profundas, uma por uma, nesta série de artigos, e decidir se podemos encontrar a “concordância completa” entre religião e ciência que os ensinamentos Bahá’ís prometem.

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Texto original: 9 Big Questions Science Alone Can’t Answer (www.bahaiteachings.org)


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David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site BahaiTeachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.

1 comentário:

Anónimo disse...

1Estoy aquí para desarrollarme.
2Mi alma es la característica de mi espíritu y los sicólogos la llaman características de la personalizad.
3Nos hace semejantes al creador el tener Libre Albedrío, tu propósito tú lo decides.
4Sin inicio no hay creador, sin creador no existe nada.
5Menos infinito -♾️ hasta más infinito +♾️.
6Porque han sido creadas.
7De no existir no existiría ninguna cosa.
8Mas bien de una guía para el desarrollo integral, nadie más adecuado que el que creó todo cuanto existe.
9De acuerdo con normas que permitan el desarrollo individual y colectivo de todas las cosas existentes.