terça-feira, 30 de junho de 2009

Ainda a Modernidade

No livro Cristo Filósofo, Frederic Lenoir escreve:
O grande paradoxo, a ironia suprema da história, é que o advento moderno da laicidade, dos direitos do homem, da liberdade de consciência, enfim, de tudo aquilo que se fez nos séculos XVI, XVII e XVIII contra a vontade dos eclesiásticos, se produziu por meio de um recurso implícito ou explícito à mensagem original dos Evangelhos. Dito por outras palavras, aquilo a que chamo aqui «a filosofia de Cristo», os seus ensinamentos éticos mais fundamentais, deixou de chegar aos homens através da porta da Igreja... para passar a usar a janela do Humanismo do Renascimento e das Luzes! Durante esses três séculos, ao mesmo tempo que a instituição eclesiástica crucificava o ensinamento de Cristo acerca da dignidade humana e da liberdade de consciência por meio de prática inquisitorial, este último ressuscita graças aos humanistas. (p.17)

COMENTÁRIO:

Como referi anteriormente, os valores da modernidade referidos por Frederic Lenoir, são também assumidos pela Fé Bahá’í. Não são o resultado de uma reflexão teológica-filosófica; não resultam de uma evolução histórica, ou de um conjunto de circunstâncias específicas que permitiram o seu surgimento. São valores que se encontram nas próprias Escrituras. Desta forma tornam-se um ponto de partida para uma nova etapa da nossa evolução colectiva. São, certamente valores que fazem parte da prometida civilização em constante progresso que a família humana se deve empenhar em construir.

Por este motivo, os valores da modernidade devem ser uma das bases do diálogo entre Bahá’ís e Cristãos.

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